quarta-feira, 26 de março de 2014

Fonoaudióloga

Iniciou-se apartir de hoje terapias e avaliações com alunos do município com a FONOAUDIÓLOGA, assim podemos contar com mais um suporte que já tinhamos como a Psicológa, Psicopedagoga e Pedagoga.

quinta-feira, 13 de março de 2014

                     

Atividades de Dislexia






                 
                                           O menino que aprende como Einstein


Quando Márcia Ribeiro Portela ouviu seu filho de apenas oito anos dizer: "Eu não sirvo para nada", ela quase morreu de tristeza. Com dificuldade de alfabetização, Rafael ficava cada vez mais tímido e recluso. Na escola, os professores falavam "espera que ainda vai dar o clic", parentes e amigos atribuíam o atraso ao fato de Rafael ser "temporão", irmão de uma moça de 20 anos e um rapaz de 18. "Você mima demais!", chegavam a dizer. E a culpa acabava nas costas da mãe. "Como o Rafael morou conosco nos Estados Unidos dos 3 aos 5 anos de idade, e durante esse período ele aprendeu a falar inglês, eu achava que o problema na alfabetização residia numa confusão de idiomas", conta Márcia. Mas o verdadeiro diagnóstico só surgiu há um ano, após uma bateria de testes na Associação Brasileira de Dislexia, ABD.

A família ainda luta para que a escola compreenda as necessidades específicas de Rafael, como, por exemplo, que o professor leia e explique para ele os enunciados das provas de matemática. Mas, agora, ele já se abre para novos amigos e novos talentos. Gosta de desenhar e está com vontade de aprender violino. E quando se entristece por não conseguir realizar determinada tarefa, sua mãe não deixa por menos: "Einstein também tinha esse problema, filhinho"...

DISLEXIA

Como identificar um aluno disléxico?
FALAR-OUVIR-LER-ESCREVER, são atividades da linguagem.

FALAR E OUVIR, são atividades com fundamentos biológicos.

A criança aprende a usar a linguagem falada com velocidade incrível e isto depende de: meio ambiente, trato vocal, organização do cérebro, sensibilidade perceptual para falar os sons.

Ela adquire a linguagem escrita em parte INVENTADA e em parte DESCOBERTA.
Inventada porque foram criados símbolos visuais (grafemas-letras) para representar elementos da linguagem.
Descoberta, porque esses elementos serão reconhecidos na linguagem falada (relação grafema/fonemas = sons das letras).

LER não depende somente da capacidade de segmentação fonêmica (reconhecer sons e símbolos).
Ela é necessária, mas não é suficiente para formar um bom leitor.
A criança precisa descobrir que uma palavra é composta por sons significantes e aprender a identificá-los. Mas principalmente, para se adquirir a habilidade da leitura e escrita, é necessário que haja a automatização desta função, além da capacidade de síntese (interpretação).

Esta habilidade não se desenvolve naturalmente nem através da maturidade. O aprendizado se incumbirá desta tarefa.

No entanto, há um número de crianças, bastante representativo, com dificuldade para aquisição e/ou automação do aprendizado da leitura e da escrita.
Entre as diversas causas possíveis dessa dificuldade está a dislexia, uma dificuldade acentuada na leitura e na escrita atinge de 10% a 15% da população mundial e que ainda não é reconhecida e nem muitas vezes aceita por professores e outros profissionais da educação.

Maria Angela Nogueira Nico – fonoaudióloga e psicopedagoga clínica, coordenadora e diretora técnica e científica da Associação Brasileira de Dislexia (ABD).