quinta-feira, 13 de março de 2014

                 
                                           O menino que aprende como Einstein


Quando Márcia Ribeiro Portela ouviu seu filho de apenas oito anos dizer: "Eu não sirvo para nada", ela quase morreu de tristeza. Com dificuldade de alfabetização, Rafael ficava cada vez mais tímido e recluso. Na escola, os professores falavam "espera que ainda vai dar o clic", parentes e amigos atribuíam o atraso ao fato de Rafael ser "temporão", irmão de uma moça de 20 anos e um rapaz de 18. "Você mima demais!", chegavam a dizer. E a culpa acabava nas costas da mãe. "Como o Rafael morou conosco nos Estados Unidos dos 3 aos 5 anos de idade, e durante esse período ele aprendeu a falar inglês, eu achava que o problema na alfabetização residia numa confusão de idiomas", conta Márcia. Mas o verdadeiro diagnóstico só surgiu há um ano, após uma bateria de testes na Associação Brasileira de Dislexia, ABD.

A família ainda luta para que a escola compreenda as necessidades específicas de Rafael, como, por exemplo, que o professor leia e explique para ele os enunciados das provas de matemática. Mas, agora, ele já se abre para novos amigos e novos talentos. Gosta de desenhar e está com vontade de aprender violino. E quando se entristece por não conseguir realizar determinada tarefa, sua mãe não deixa por menos: "Einstein também tinha esse problema, filhinho"...

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